sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Eles ainda existem

Eu não sou a mulher mais feminista do mundo, nem a mais machista, mas algumas coisas, sinceramente, me tiram do sério.
No começo desta semana veio um senhor, de certa idade, tipo "caipira" (sempre morou em cidade pequena do interior) e ele estava me perguntando quando vou casar. Eu respondi que um dia, mas não logo, ainda não me considero estabelecida em um bom emprego e nem tenho a estabilidade financeira que desejo. Eis que ele me solta: "mas quem tem que sustentar a casa é o marido.". Ok, ok, eu até concordo em partes com isso - meu lado machista - o homem deve ser o maior provedor da casa, mas a mulher também precisa ajudar.
Conversa vai, conversa vem, eu entendi o que ele quis dizer.
Ele trabalha, apenas ele. A mulher dele fica em casa. A OBRIGAÇÃO da mulher dele é: cozinhar pra ele, quando ele vai tomar banho, separar a roupa dele e deixar tudo prontinho no banheiro, levar o chinelinho dele quando ele chega em casa, montar o prato dele e o servir e por aí vai. PERAÍ... em que século estamos mesmo? Seculo XXI? Só pra ter certeza. E quando eu disse a ele que eu não serei assim e nem aceitarei que meu marido me trate como a empregada dele, ele estressou.
Então vamos lá: eu, Nice, quero um marido, um companheiro, um amigo, alguém que divida as resposabilidades e alegrias de um lar, que queira ter um filho e, acima de tudo, queira ser pai e não apenas "doador de esperma". Eu não quero um patrão que queira subserviencia e uma empregada particular.
Bom, desisti da briga pois a cabecinha dele não vai mudar aos 60 anos de idade, mas ai do meu futuro marido se ele pensar assim. Não será, jamais, o MEU MARIDO.

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