Canções de ninar

    Eu nunca fui a favor da "americanização" da nossa cultura, mas, sinceramente, em termos de canções de ninar, as que cantarei pros meus filhos (quando eu os tiver) serão 1 canção de roda brasileira e músicas de ninar dos EUA. Os motivos? Segue a lista.
     - Nossas músicas de ninar, apesar de folclóricas, são músicas de TERROR. Pensem bem: "boi, boi, boi. Boi da cara preta, PEGUE ESTA CRIANÇA QUE TEM MEDO DE CARETA". A criança não pode ter medo de careta ou vem um boi que a pega? E faz o que depois? Agora vem a melhor: "Nana, nenê, QUE A CUCA VEM PEGAR" A CUCA, uma bruxa. Se a criança não dormir a bruxa vem buscá-la. Não, definitivamente não cantarei essas músicas pros meus filhos dormirem. Mas sim, eles as conhecerão. É parte da nossa cultura.
     - As músicas de dos EUA falam de cuidado, de amor. "Papai vai te dar um anel de brilhantes e, se ele nao brilhar, vai quebrar o coração do papai". "você é meu raio de sol"... olha bem a diferença.

     A música que mais me lembra do meu pai, pra dormir, como eu disse anteriormente, é uma música de roda: Se esta rua fosse minha. A parte que eu mais gostava era: "Nesta rua, nesta rua tem um bosque que se chama, que se chama Solidão. Dentro dele, dentro mora um anjo que roubou, que roubou meu coração".

     Então, meu futuro marido, depois que eu expliquei não querer cantar apenas as nossas músiquinhas, aceitou fazer nossos futuros filhotes dormirem ao som de músicas que não deem medo.

Saga Crepúsculo X Trilogia Cinquenta Tons

     Tive o prazer de ler a saga Crepúsculo e de ler toda a trilogia de Cinquenta Tons e já posso fazer uma comparação.

     Quando comecei a ler a trilogia um amigo me disse que era um Crepúsculo com sexo. Eu não levei muito a sério até que comecei a prestar atenção aos detalhes:

     Ana: tem muita de Bella. É levemente insegura dos motivos que leva seu par romântico a amá-la. A diferença é que Ana não é sal nem açúcar e, ao contrário de Bella, não é totalmente submissa ao seu par romântico

     Grey: é o Edward escrito. Superprotetor, não deixa a mulher amada viver a própria vida, ciumento... Enfim, são muito parecidos.

     José: é o Jacob. Diz que sempre estará esperando por Ana.

     Não posso negar que o primeiro livro da trilogia é empolgante. O segundo, nem tanto e o terceiro... haja paciência pro terceiro. Este último então só tem sexo mesmo e ação que é bom, apenas no final.

     O legal dessa trilogia é que ela é bem voltada pro mundo feminino e mostra que mulher gosta de falar, ler, saber de sexo. Ela também procura as novidades. Mas atenção, este livro é voltado pras MULHERES. Minha prima adolescente não deu conta de ler este livro, mas amou a saga Crepúsculo.

     Se você tiver a oportunidade de ler a trilogia, leia. É bem interessante e eu, honestamente, não achei que eu tenha perdido tempo em le-los. Até porque ler é sempre uma viagem muito gostosa de se fazer e, mulheres, o Grey É um homem encantador. Se ele existisse de verdade e não fosse masoquista, podem apostar que vocês também se apaixonariam por ele.

A nova discriminação no Brasil

     Olá pra você que é branco, estuda em escolas particulares sem bolsa de estudo e que tenta uma vaga em uma universidade pública. Como você está se sentindo com as novas cotas? Injustiçado? Eu também. E olhe que eu nem presto mais vestibular.

     Gente, é o seguinte: não vou discutir se os cotistas tem ou não tem capacidade de se manter no nível que as universidades públicas pedem. O que eu quero discutir é CONSTITUIÇÃO, HISTÓRIA e RESULTADOS.

     Não diz a nossa Constituição que SMOS TODOS IGUAIS INDEPENDENTE DE COR, SEXO, IDADE, RELIGIÃO, CLASSE SOCIAL? Então por que eu seria uma pessoa com menos chances de estar em uma universidade pública por ser branca, por meus pais terem ralado pra pagar uma escola particular pra mim (eles pagaram pela minha educação duas vezes, não é mesmo), e todo o resto? Por que isso me desmerece?

     Acho, realmente, que é necessário haver reformas na nossa educação. Como está não dá pra ficar, mas, de verdade, colocar cotas? COTAS? Não.

     A solução é melhor a educação lá do início, ensinar as crianças a ler (e ler são é entender as letras: é saber INTERPRETAR O QUE SE LÊ), melhorar nosso ensino médio e dar condições pros alunos lutar de igual pra igual com o pessoal de escola particular.

     Na época dos meus pais estudar em escolar particular era vergonhoso. Era literalmente PPP (papai pagou, passou). Escolas públicas é que eram boas de verdade. Estudantes de rede pública que tinham chances reais de entrar em universidades públicas. E o que aconteceu?

     Não vou falar que foi governo de fulano ou ciclano. Foram TODOS eles. Eles deixaram de investir nos alunos, no futuro da nação e passaram a investir no bolso deles, deixaram-se corromper, deixaram-se desviar dinheiro público. E nossa educação, tadinha, foi sendo deixada para trás. Vejam quanto um professor recebe. Que vergonha.

     Sabe o que é? Governar um povo sem educação é muito mais fácil. Um povo sem educação não sabe gritar por seus direitos, não vai às ruas em panelaços e deixa tudo ir acontecendo e vai reclamando do seu governo.

    Não sou lá muito fã dos hermanos, mas eu admiro o povo argentino. "Os caras" não deixam barato: não aprovamos, vamos as ruas reclamar.

     Está na hora de acordarmos, gente. Chega de reclamar dos governos que NÓS colocamos. As eleições estão aí. Vamos fazer valer nossos direitos. EDUCAÇÃO DE QUALIDADE PRA TODOS. E logo.

Crianças, animais e eu

Estava lendo o blog "Mãe de salto alto" e vi escrito ali uma realidade: a interação entre ciranças e animais.
Eu tive uma infância que causaria inveja a muitos marmanjos por aí: TENTEI tirar leite de vaca (nunca consegui: ela sempre prendia o leite), fiz piquiniques em beira de rio, nadei em represa, corri atrás de galinhas dangolas gritando "to fraco, to fraco", me pintei com URUCU (levei bronca por manchar a roupa), subi em árvore, roubei fruta no pé na propriedade do vizinho (e daí que era primo? era uma aventura!!), saí a noite pra ver estrelas e fazer fogueira com direito a salsichas...
Lembro de não ter medo de bichos, de pegá-los nas mãos quando sabia que não me machucariam - ou chamava o pai pra saber se podia -, chegar pertinho pra ver como eram, tentar entender o comportamento.
Estudei em um dos SESIs do país e sempre tinha palestras. Quando teve cobras vivas o palestrante perguntou quem queria tocá-las. Não tive dúvidas, fui uma das primeiras a tocá-las e a sentir a pele (lisa da coral e aspera da cascavel).
Eu curti, brinquei, não fui medrosa e aprendi que tudo tem sua hora na natureza e devemos respeitar isso.
Espero poder proporcionar isso aos meus filhos, quando eu os tiver, pra que eles sejam um pouco bucólicos como eu, quero que saibam de onde vem o leite que bebem, que mandioca é raiz (história de família), algodão não é a mesma coisa que paina e etc...

Justiça do Brasil

Justiça foi feita. Lindemberg foi sentenciado à 98 anos e 10 meses de prisão, YEY!
O povo ficou feliz pela pena ter sido pesada, o juíza foi elogiada, a promotora, também, a advogada de defesa foi muito criticada por suas atitudes... foi um circo. Sim, um circo.
A pergunta é: e as outras Eloás que existem ou existiram no Brasil? Que a mídia não fez do caso um circo ou reality show? Este caso é especial porque a mídia a fez especial.
Todo mundo lembra do Caso Isabela, mas poucos lembram do Caso Pedrinho. O Caso Pedrinho aconteceu praticamente na mesma semana que o da Isabela e, sem dizer que Isabela não foi importante, que ela não sofreu, o Pedrinho sofreu maus tratos muito antes de morrer. Quase como tortura. A Isabela, mataram, simplesmente. Repito, não digo que ignoro o caso dela, mas supondo que a mídia tratasse da mesma forma os dois casos, Pedrinho iria causar mais raiva (quebraram seus ossinhos por um longo período, deixavam-no trancado fora de casa no frio, calor ou chuva e por ai vai).
Está na hora do povo lutar por JUSTIÇA independente do caso, independente do que a mídia faz de "casos", independente de classe social.
Justiça é justiça. Sempre!

A política e a população

"Faltam casas, faltam terras pra se cultivar, faltam políticas agrárias e de moradia."
Sim, eu concordo com tudo isso, mas vamos ao que eu ando pensando.

Não vejo a grande população invadir terras no norte ou nordeste do país. Tem que ser no sul ou sudeste do país, a área mais desenvolvida, onde, realmente, há falta de terras e de espaço.
Não vejo invasões de casas em locais não tão bem localizados em cidades. Precisa ser no centro, precisa ser onde há tudo de mais fácil.
Exemplo da MINHA FAMÍLIA: quando eu me mudei pra casa onde eu moro hoje em dia era uma loucura. Meus pais se mudaram pro meio do nada, os amigos diziam que eles não deviam fazer isso, ainda mais com duas crianças pequenas (eu com 5 anos de idade e minha irmã com 3). Pra chegar a minha casa só pegando rodovia (sim, nao havia avenidas, estradas de terra... tinha que fazer uma pequena viagem pra chegar a minha casa). Onibus? Complicadíssimo. De hora em hora em horário de rush, de sábado e domingo era a cada hora e meia. E aí a cidade cresceu e, hoje em dia, o bairro é chique. Já temos até ladrões.
Voltando à população: a prefeita faz casas e entrega pra população. Casa com um terreno maravilhoso, parcelas de cerca de R$ 200,00, mas o local não é bem próxima ao centro. O povão vende a casa, volta pra favelas e reclama que não tem condições de viver ali. Me poupem, ne?
Está na hora do brasileiro aprender que nem sempre tudo é mil maravilhas, que a civização pode chegar mais perto da sua casa, mas não vai acontecer em 2 anos.
Voltando ao exemplo da minha família: onde eu andava de bicicleta em estrada de terra, hoje, é uma das avenidas principais da cidade, há um shopping perto de casa, que posso ir andando, mas isso demorou 20 (VINTE) anos pra acontecer.
Já chegar de querer tudo de mãos beijadas. É hora do povo aprender a cobrar seus políticos, sim, mas sem querer abusar do restante da população que trabalha pra ter o seu. Sim, porque se você não faz parte da turma dos "SEM" (sem teto, sem terra, sem etc) você paga pra que eles possam ter algo.

Papo de homens

Era uma nova turma que iria começar em um novo emprego. Sua grande maioria era de homens e eles eram solteiros, noivos ou casados (curiosamente nenhum dele era divorciado).
Para facilitar, vamos dar "nomes" a eles, como X, Y e por aí adiante.
O X começou a falar que estava noivo há 5 anos, que estava um emprego com bom salário pra, finalmente, casar-se e etc, etc, etc... que ele e a noiva estavam tomando as decisões juntos, que isso era lindo e iria permanecer até depois que se casassem. Que lindo.
O Y, casado, disse que é assim somente até o casamento. No primeiro dia do "somos marido e mulher" ela toma todas as decisões. Ok, não todas. 95% delas.
O Z disse concorda com o Y e aí a discussão cresce. Até que aparece uma das psicólogas que participou do processo de recrutamento e seleção daquela turma.
Os rapazes perguntam a ela se ela é casada. A resposta é "não". A nova pergunta deles é "quando você se casar, quem vai tomar as decisões da casa?". Resposta dela: "preciso mesmo responder?".
Será que ainda é assim mesmo? As mulheres mandam na casa e os homens somente na vida profissional? Não há mesmo aquela conversa sobre o que o parceiro pensa quando uma decisão pode mudar alterar algo na rotina caseira? Não levei muita fé nessa conversa deles...

2012 - Planos

Chegou. E será que vai acabar? Sim, é uma piada.
Ano novo, tempo de pensar em como realizar novos sonhos, com quem realizá-los e quando será o melhor momento.
Ah, que delícia, este ano eu terei férias, férias sonhadas e planejadas por mais de um ano e em incrivel cia: minha madrinha.
Vou castrar a minha pretinha, tadinha. Mas também vou ficar em casa só pra cuidar dela.
Minha prima vai me levar ao parque de diversões... será uma farra e, com a "sorte" que eu tenho, ainda vou pegar chuva.
Bem vindo, 2012. Você foi muito esperado!